Parede de Tijolo

21/08/2018

Dia desses uma pessoa com a qual sinto empatia, me mostrou um vídeo que continha o seguinte fato.

Um casal de aparência modesta, digamos assim, pois sabe-se perfeitamente bem que a beleza está nos olhos de quem vê, estavam fazendo um dueto de modo que a música escolhida se tornou uma declaração profunda de amor entre os sujeitos ali presente. A afinação não era das melhores, mas diga-se de passagem a cumplicidade era clara e, para perpetuar o amor entre eles, no colo da distinta senhora havia uma criança que tranquilamente se pendurada em uma de suas tetas extraindo dela o que há de mais puro e saudável nessa vida; o leite materno.

Pois bem, ao assistir aquele vídeo um lapso de simplicidade permeou a minha essência e me fez enxergar e, inclusive externar, quão simples é a vida para aqueles que com nada se preocupam a não ser: "Ser feliz." E que me desculpem a redundância meus queridos leitores críticos de passagem.

Essa auto-reflexão e esses segundos de tapa na cara da vida pelo qual passei, fizeram com que uma doce gargalhada invadisse meus lábios...uma gargalhada que por milésimos de segundo poderia envolver tantas outras pessoas não fosse o comentário da minha querida amiga de empatia não o tivesse esmigalhado, após deixar de lado toda aquela análise sobre o que é de fato ser feliz, com a seguinte frase: "Olha essa parede de tijolo". Ao se referir a parede sem reboco, massa corrida e, habitual, pintura a qual inúmeras pessoas estão com os olhos viciados de enxergar.

Leitor amigo que ganhou ou perdeu seu precioso tempo lendo essa paródia da vida cotidiana; o que quero dizer-lhe com essa reunião de palavras, após relatar esse fato que para muitos passou desapercebido, mas que, obviamente, à mim não cai uma folha sem que eu a perceba, é que não se mede a essência do sujeito por meio daquilo que ele possui.

Caro amigo, você está longe de ser o ser que gostaria de ser, pois se almejas ser o que se tem, meus sentimentos doce companheiro, mas estás enganado.

Você não é e jamais será aquilo que você adquiri. E o constante dilema que existe sobre aquilo que se tem acaba quando tudo se acaba.

Nada somos se a nossa luz não for aquilo que de fato deveríamos ser...

Somos luz, energia, vibração, sentimento, somos presença, essência...

Somos.

P.s.: Para quem ficou curioso, copia e cola o link no navegador para ver o respectivo vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=F2T4BUojktM

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