Ouvindo a conversa alheia

Estava conversando com um amigo e tentava explicar para ele a dificuldade que senti para compreender que o moço não queria mais nada comigo. Dizia que fiquei confusa e que não poderia imaginar que ele não estava mais em sintonia, afinal ele ia ao supermercado e dizia: "Olha, fui ao mercado e comprei uma marca melhor do produto x porque eu sabia que você iria usar."

E que mesmo após sumir e não responder as minhas mensagens ele reaparecia, e às vésperas do Dia do Professor perguntou se eu gostaria de fazer alguma coisa.

O que tentava explicar ao meu amigo é que eu achava isso tudo muito gentil e que, vivendo aquele momento, era difícil entender que ele não queria mais, porque achava que ele estava afim, já que lembrava de mim, raras vezes, segundo minhas concepções, mas lembrava.

Meu amigo ouviu tudo, prontamente se virou e disse:

- "Não! Você está aceitando muito pouco. Isso é o mínimo, aliás isso não é nada. Você está se contentando com muito pouco. Você precisa se valorizar mais porque está aceitando muito pouco."

E repetiu ainda uma três ou quatro vezes: "Isso não é nada..."

Aquilo me fez pensar muito, tanto que continuo refletindo, ao ponto de escrever para esse blog.

Continuamos o assunto e eu concordei que, de fato, preciso de mais. Preciso me valorizar mais. E entre uma conversa e outra ele também expôs alguns questionamentos internos seus. Naquele momento, enquanto ele falava eu comecei a refletir sobre tudo o que havia dito sobre "ser pouco", sobre "querer mais"...

Sabe, ainda durante o papo, percebi que inconscientemente estamos pesando nossas ações. Estamos balanceando como objetos, as ações que acontecem dentro das relações. De novo, me pego pensando nas objeções sociais sobre poder ou não poder me doar embasado no quanto o outro se mostra.

Seria tão simples se nós apenas aceitássemos as ações do outro de coração. Sem pesar na balança para saber o quanto estou ou não sendo valorizado. Talvez isso seja um tremendo paradoxo, e pode ser! Mas porque precisamos fazer isso?

"Fala sério, lembrar de você na hora de escolher a marca de um produto porque sabe que você irá usá-lo é nada! Nada! Isso é o mínimo!"  Mas por que?

Por que isso não pode ser uma máxima entre as demonstrações de afeto? Por que é necessário exigir sempre mais, sempre o melhor, o mais caro, o mais pesado, o mais custoso?

Lembro dos gestos singelos de outrora como roubar uma flor no jardim e a entregar a alguém... Gostaria de compreender aonde estão indo parar os pequenos gestos? Por que eles estão deixando de fazer sentido? O que está acontecendo com a gente?

Sim, acredito que eu esteja mesmo me contentando com pouco. Porque o pouco sempre será algo. Independentemente, do tamanho de um gesto, ele sempre será um gesto.

Acredito que seja isso que esteja faltando para as coisas voltarem a fazer sentido: "Encontrar o valor nos pequenos gestos."

As pessoas estão se esquecendo que amar é simples. Se relacionar é difícil, mas as ações são simples... os gestos são nobres quando são sinceros e isso deveria ser assim sempre, independente de seu tamanho.

Mensurar as demonstrações de afeto, no mundo em que vivo, é difícil de compreender...


Ainda sobre tecnologia

Sem mudar de assunto, vamos abordar nessa postagem um aplicativo muito atual e super facilitador para quem trabalha com aulas de língua inglesa e deseja trabalhar as quatro habilidades. 

O link a seguir é da página profissional Nova Escola, onde podemos encontrar diversos debates e reflexões sobre métodos de ensino e como lidar com os alunos em sala de aula. Voltado muito especificamente para docentes, esses Podcasts nos exemplificam a facilidade que o aplicativo (App) nos trás para que possamos trabalhá-lo de outras maneiras em sala de aula. 

https://novaescola.org.br/conteudo/391/podcast-fala-ai-professor

Legal, esse App é super atual e facilitador, mas o que, fato vem a ser um PodcastPara quem não sabe, o podcast é um conteúdo de mídia sonora, transmitido via RSS.

Ele pode ser usado com agregadores como iTunes ou Ziepod para computadores, BeyondPod ou PodStore para android e Podcast param iOS, mas existe outras infinidades de aplicativos para outros aparelhos. 

Similares a esta ferramentas temos outras inúmeras que também podem facilitar o trabalho de um professor ou mesmo influenciador de mídia. 

Veja alguns outros nomes: Spotfy, Google Play Music, Cast Box, Pocket Casts, SaoundCloud entre outros.

No app Spotfy podemos encontrar uma página chamada Aprenda Inglês com música, conduzido pela professora Milena que encontrou uma forma interativa para ensinar inglês com música. 

Veja: https://open.spotify.com/show/53NBgRKvjwqrTaLG04E4En

Como a professora Milena, existem outros profissionais da educação que fazem uso de meios tecnológicos, como este,para levar aos alunos maneiras interativas e lúdicas o ensino da segunda língua.

A crônica a seguir é uma releitura de um texto que nos remete a tempos antigos

 Como trabalho universitário, nos foi dado um texto muito interessante que, ao ler, nos remete à tempos muito antigos, onde o telefone era novidade e o curso de datilografia sensação. A nós, foi direcionada a tarefa de trazer para os dias atuais tudo o que o texto original nos apresenta como informação. E, eis o fruto dessa análise. Para ler o texto original, basta clicar no link a seguir: https://www.facebook.com/milena.maximo.3/posts/2643330769014994

Marcos mora numa cidade próxima a São Paulo, capital do estado mais populoso e mal estruturado do país. É escriturário numa empresa de advocacia durante o dia e, à noite, dá aulas em escola pública. Tem quase 40 anos, é solteiro, mora em uma casa térrea sem quintal, no centro velho da cidade. Sua rotina é mais ou menos desse jeito.

Acorda, sempre, ao toque estridente do celular. E naquele dia o som foi outro. Era uma ligação. Do outro lado fala seu irmão que mora na mesma cidade de Marcos, porém a cerca de duas horas e meia, isso devido a tanto trânsito e tantas construções e manutenções. Enquanto conversa com seu irmão, Marcos se levanta com o celular em uma das mãos e com o fone bluetooth nos ouvidos vai até a cozinha, deixa o celular na mesa e começa a preparar um café em sua cafeteirinha italiana. Durante o preparo do café, decide tomar seu banho. Continua conversando com seu irmão no viva-voz que, agora, está conectado com a sua caixinha de som que tem lugar cativo no banheiro. O assunto de tamanha urgência é que seu irmão acaba de concluir um curso online de escrivão e gostaria de saber se Marcos poderia ajuda-lo a criar uma página profissional na internet para que pudesse divulgar seu trabalho. O interesse, também, era saber se ele o ajudaria nessa divulgação, compartilhando suas postagens nas redes para que mais pessoas pudessem visualizar e assim aumentar seu know how. Ao sair, já pronto do banheiro, Marcos senta para tomar seu café e automaticamente vai montando uma página para seu irmão e colocando suas qualificações. Em segundos, ele encaminha essa página para seu diretor que já havia comentado a abertura de uma vaga no escritório. Após a criação da página eles desligam e Marcos compartilha o whatsapp de seu irmão com seu diretor.

Sai de casa e caminha alguns passos até o ponto de ônibus, entra no coletivo e após se acomodar, pega o celular. No aplicativo do banco, confere se o pagamento está disponível e, ali mesmo, sentado, começa a pagar suas contas. Marcos lê as notícias, confere o mapa virtual para se localizar, prepara suas aulas, que só serão ministradas no dia seguinte e separa o que precisará imprimir para lecionar na próxima noite.

Ao retornar para casa, ele aproveita o momento de ociosidade e aglomeração do ônibus para conferir os filmes que estão em cartaz. Chega em casa, liga sua Smart Tv e acompanha alguns episódios de sua série favorita, antes de cair no sono.

De manhã, nota que recebeu uma mensagem promocional da agência de turismo que costuma pesquisar na internet, o anúncio fala sobre viagens para lugares especiais para lua de mel. Resolve entrar no site e pesquisar mais sobre, afinal a sua está quase chegando.

Fez tudo como de costume. Naquele dia ele visitaria a agência, que lhe enviou a promoção, para verificar as ofertas. Comumente, realizou suas funções no escritório, saiu mais cedo, visitou a agência e foi dar aula.

No colégio, com sua cota, imprimiu alguns papeis para trabalhar em sala de aula e lá fez um mapa mental na lousa, que ainda era de giz, porque na escola em que Marcos trabalhava a "tecnologia" não havia chegado, ele se esqueceu que o giz foi uma invenção tecnológica, mas deixemos isso para lá. 

                  Tecnologia, o que é?

A tecnologia surgiu há muito anos atrás, no entanto inúmeras pessoas confundem o que de fato vem a ser Tecnologia. Esqueceram-se de que desde os tempos remotos da pedra lascada ela já existia. Quando o homem descobriu o fogo, a roda e passou a fazer objetos para oportunizar suas vidas, a partir de itens que ele já tinha, mas que até então de nada serviam. Como por exemplo, o osso que acabou se tornando uma faca e tantos outros itens, as pedras que se tornaram panelas e, também, o barro que a princípio era tinta para pinturas rupestre se tornou, hoje, fonte de vitaminas para alguns tratamentos estéticos, matéria prima para artistas plásticos e diversas outras funções e utilidades.
Li algo, recentemente, que falava sobre o poder que os cavalos possuíam para algumas tribos indígenas americanas e, esse mesmo texto, afirmava que a domesticação dos cavalos foi um enorme salto de evolução da humanidade, ficando atrás apenas da descoberta e utilização do fogo. O texto afirmava que antes disso os seres humanos tinham pouca mobilidade e sofriam para se deslocarem de um lado para o outro e quando havia a necessidade de transportar alguma coisa tudo se tornava ainda pior. Portanto, baseando-se nas afirmações lidas nesse texto (que pode ser localizado no livro: Cartas Xamânicas de Jaime Sams e David Carson; A descoberta do poder através da energia dos animais, 2000) pode-se concordar que, partindo da premissa que tecnologia é a "teoria ou análise organizada das técnicas, procedimentos, métodos, regras, âmbito ou campos da ação humana", a domesticação do cavalo foi um ato tecnológico e um grande marco no desenvolvimento humano bem como tem sido, também, o uso dos sistemas operacionais por meio de ondas que servem para viabilizar os processos de desenvolvimento e evolução do homem.
À vista disso, é possível afirmar que tecnologia é tudo o que nós, seres humanos, fazemos uso, transformamos, aperfeiçoamos e /ou criamos para facilitar e viabilizar nossas vidas. Portanto, dizer que um método de ensino a partir de objetos simples como rolos de papel higiênico, tampinhas de garrafa, CDs antigos entre outros materiais simples podem, sim, ser considerados um método tecnológico para o desenvolvimento do sujeito dentro do âmbito escolar. Analisando com minucia, é possível perceber que, atualmente, muitas pessoas se prendem ao fato de que somente os mais evoluídos intelectualmente são capazes de criar algo tecnológico, quando na verdade todos somos criadores de tecnologia. Desde o momento em que damos existência a algo novo até o simples transformar de coisas do nosso cotidiano em uma objeto inovador. 

Eu deixei você

Tenho deixado você 
Ir
Tenho ido
Tenho me deixado
Ir
Tenho ido
Estranho te deixar ir
Estranho
Estranho, também, ir
Estranho
O desejo desatina
A teima predomina
Porque o ensejo
Quando te vejo
Se impregna
Me domina
E o gesto bobo de menina
Minha sina
Me ilude
Me aturdi
E ressurge
E nesse momento...
Eu deixo você

Milena Maximo

Viajante dos sonhos e escritora nas horas vagas...

Sou viajante dos sonhos e escritora de crônicas nas horas vagas. Apaixonada pela vida, procuro sempre ver o lado bom de tudo. Meu lema é viver com leveza e acreditar que dias melhores virão.

 

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